Enquanto os preparativos finais para a volta ao mundo seguem a todo vapor na Europa, o projeto Barco Brasil também mantém sua bandeira hasteada nas raias brasileiras. A equipe estreou na Semana Internacional de Vela de Ilhabela de Monotipos nesta sexta-feira (11), com o HPE25 Barco Brasil - Mussulo. A competição segue até domingo (13) na Escola de Vela Lars Grael, no litoral norte paulista.

A presença na competição em Ilhabela marca a segunda participação consecutiva do projeto no evento voltado aos monotipos. Em 2024, com José Guilherme Caldas no comando, o time conquistou o quarto lugar na acirrada disputa da classe HPE25. Neste ano, com Caldas e Luiz Bolina concentrados na Europa, quem assume o leme do Barco Brasil - Mussulo é Marco Hidalgo, velejador experiente convidado por Caldas para manter o time em atividade no Brasil.

O time estreou na competição com um sexto e um quinto lugar nas regatas do dia, assumindo a quinta posição entre os HPE25. O líder é o Espetáculo II de Luiz Fernando Staub.

“Foi muito divertido! Na primeira regata conseguimos velejar um pouco melhor, com disputas muito boas com o 67 e o 22!  Depois de quase quatro anos sem velejar de HPE, foi muito boa esta oportunidade que o José Guilherme nos ofereceu”, comemora Marco Hidalgo. O velejador também estará na competição de oceano, a 52ª SIVI Daycoval, no comando do Sossegado, na classe Bra-RGS.

Resultados

1. Espetáculo II (Luiz Fernando Staub) - (2+1) - 3 pontos perdidos
2. Ciribaí (Mario Lindenhayn) - (1+2) - 3pp
3. Ginga (Breno Chvaicer) - (3+3) - 6pp
4. Zomm (Daniel Chvaicer) - (4+4) - 8pp
5. Barco Brasil Mussulo (Marco Hidalgo) - (6+5) - 11pp
6. Inaê Jr (Bayard Umbuzeiro Neto) - (5+6) - 11pp
7. Sibarita (Octavio Faria) - (8 DNF+8 DSQ) - 16pp

Contagem regressiva para a Fastnet Race

Enquanto isso, na cidade de La Coruña, na Espanha, Caldas e Bolina realizam os últimos ajustes no Class40, o veleiro que representará o país na volta ao mundo da Globe40 a partir de setembro. Como preparação final para o desafio, os dois disputarão a lendária Fastnet Race, que larga em 26 de julho em Cowes para um percurso de 695 milhas náuticas.

“A Fastnet completa 100 anos com um número recorde de barcos, uma coisa impressionante. Ela tem um percurso com muitas correntezas, o velejador tem que saber escolher as correntezas certas, e ter muito cuidado com o tráfego intenso de navios no Canal da Mancha. É uma regata bem interessante”, aponta o comandante José Guilherme Caldas. Além dele e de Bolina, a equipe na Fastnet Race deve contar com pelo menos outros três velejadores.

A Fastnet Race será o último teste do Barco Brasil antes da Globe 40. De Cherbough, na França, a equipe partirá para o um prólogo da volta ao mundo no porto francês de Lórient, em 31 de agosto. A largada oficial está prevista para 14 de setembro, em Cádiz, na Espanha. De lá, os Class40 partem para uma travessia do Atlântico até Mindelo, em Cabo Verde, seguindo para o Cabo da Boa Esperança e as Ilhas Reunião.

A jornada continua pelo Oceano Índico até Sydney, na Austrália, depois cruza o Pacífico até Valparaíso, no Chile. Um dos momentos mais desafiadores será o contorno do Cabo Horn, seguido da subida pela costa brasileira até Recife, antes da chegada final em Lorient, na França.

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