O Barco Brasil faz os últimos preparativos para a Rolex Fastnet Race, com largada marcada para 26 de julho no porto inglês de Cowes. A maior e mais icônica regata offshore do planeta comemora 100 anos reunindo até o momento um número recorde de 469 barcos, 24 deles na Class40, classe do veleiro brasileiro.
Fundada em 1925, a Rolex Fastnet Race é uma regata offshore bienal organizada pelo Royal Ocean Racing Club, que reúne a nata dos velejadores de todo o mundo. A regata leva o nome do Rochedo Fastnet, que contorna o percurso, e atrai a maior frota mundial de veleiros, com 430 participantes em 2023. Considerada uma das mais difíceis e taticamente desafiadoras do planeta, a prova tem sido determinante no crescimento das regatas de oceano e nos avanços em design e tecnologia de barcos.
Na edição deste ano, os competidores largarão em Cowes, na costa sul da Inglaterra, saindo de Solent pelo Canal das Agulhas, e seguirão pela costa sul da Inglaterra em direção ao oeste descendo o Canal da Mancha. Depois de cruzar o Mar Céltico, contornarão o Rochedo Fastnet, na costa sudoeste da Irlanda. Retornando praticamente pelo mesmo caminho, a regata contorna as Ilhas Scilly antes de terminar em Cherbourg, na França, com previsão de chegada em 3 de agosto.
Para o Barco Brasil, a participação inédita na Fastnet Race será uma prova de fogo para a Globe40 em agosto, grande objetivo do projeto. A equipe terá 23 concorrentes na Classe 40, de barcos one design. O Class40 nº151, que representará o País na Fastnet, está no estaleiro de La Coruña, na Espanha, passando por pintura no fundo do casco. É a última etapa de preparação do barco, que já teve revisão de instrumentos e adequação dos programas de navegação, entre outros aperfeiçoamentos. O co-skipper Luiz Bolina chegará à base espanhola no dia 5 de julho. Já o comandante José Guilherme Caldas desembarca no dia 11, para as últimas providências, como a alimentação da equipe a bordo.
“A Fastnet completa 100 anos com um número recorde de barcos, uma coisa impressionante. Nós começamos a nossa preparação já em março, quando fizemos uma travessia entre a Espanha e a França. Em maio, também fizemos o percurso da Fastnet em dupla, eu e o Luiz Bolina, para testar o barco. É um percurso com muitas correntezas, o velejador tem que saber escolher as correntezas certas, e ter muito cuidado com o tráfego intenso de navios no Canal da Mancha. É uma regata bem interessante”, aponta o comandante José Guilherme Caldas. Além dele e de Bolina, a equipe na Fastnet Race deve contar com pelo menos outros três velejadores.
Esquenta para a Globe 40
A desafiadora Fastnet Race será o último teste do Barco Brasil antes da Globe 40. De Cherbough, na França, a equipe partirá para o "esquenta" da volta ao mundo em duplas, um prólogo no porto francês de Lórient, em 31 de agosto. A largada oficial está prevista para 14 de setembro, em Cádiz, na Espanha. De lá, os Class40 partem para uma travessia do Atlântico até Mindelo, em Cabo Verde, seguindo para o Cabo da Boa Esperança e as Ilhas Reunião.
A jornada continua pelo Oceano Índico até Sydney, na Austrália, depois cruza o Pacífico até Valparaíso, no Chile. Um dos momentos mais desafiadores será o contorno do Cabo Horn, seguido da subida pela costa brasileira até Recife, antes da chegada final em Lorient, na França.
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