Olá! A vida de um atleta é cheia de escolhas. Começa quando a gente é bem pequeno. Conforme as escolhas vão passando a vida de atleta fica mais difícil, você rala, e bate na trave. Você continua e enfrenta os treinos da madrugada, tudo por um objetivo. Objetivo esse que me fez deixar minha família, o clube e os amigos, mudar de país e confiar no que o futuro prometia. Quanto mais eu treinava, mais eu crescia, mais eu sonhava. Comecei a bater na trave. Fora da Olimpíada do Rio, por cinco centésimos em 2016. No ano seguinte, mudança no critério de classificação para o Mundial de Budapeste. Fora de novo.
Como aqui nos Estados Unidos a temporada começa em agosto, 2018 começou ainda em 2017. Talvez tenha sido a minha melhor temporada até então. Fevereiro veio nossa conferência aqui, B1G Ten, e junto com ela sete medalhas de ouro. Março, NCAA. Medalha individual, ouro no revezamento, meus melhores tempos. A temporada americana acabou e eu desembarquei no Rio, rumo ao Maria Lenk e um objetivo claro na mente: Pan Pacs. Deu certo e com melhor tempo da vida nos 100 borboleta, entrei para minha primeira seleção absoluta.
Me vi ali, do lado de gigantes, na piscina e na própria seleção brasileira. Eu queria isso demais. E, de novo, eu tive que escolher. Abri mão dos 200 medley pra focar no 100 borbo, já que eram provas seguidas. Perto de repetir o meu melhor tempo, eu fui bronze vestindo a camisa do meu país. Que experiência! Voltamos de Tokyo pra São Paulo, e para um José Finkel de quem já estava a muito tempo na estrada. Piscina curta muda o cenário e lá eu estava disposto a voltar para essa seleção. Deu certo. Três índices e o que me garantiria a presença em Hangzhou, na China, no fim do ano.
E ai, de novo, eu tive que escolher. Conversei com os meus técnicos para compreender melhor a situação, eu não queria abrir mão daquilo que eu tanto busquei. Não teve jeito. Viagem longa, em data cheia de provas, em um momento crucial do treinamento aqui na temporada americana. Estou fora do Mundial, de novo. Mas dessa vez por escolha. Entendo isso como um privilégio, sabe? Treinei tanto para poder chegar no lugar que estou e para que este lugar possa me permitir fazer escolhas. Escolhas que eu fiz a vida inteira, com foco em um objetivo final que sempre foi o mesmo: os Jogos Olímpicos. A jornada até Tokyo vai ser gigante. Com tudo o que tenho pela frente, mesmo sem um mundial de curta, 2019 já começou por aqui. Meu último ano de NCAA, Jogos Pan Americanos de Lima e Mundial de Longa na Coreia do Sul. O foco é esse: treinar bastante para que as minhas escolhas possam ir abrindo meu caminho até o meu sonho. E torcer para que essas escolhas continuem dando certo.
Até a próxima!
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