Os veleiros participantes da Globe40 largaram nesta quinta-feira (2), em Mindelo, Cabo Verde, com destino à Port des Galets, na Ilha Reunião, no Oceano Índico.
A segunda perna da volta ao mundo terá cerca de 7.050 milhas náuticas (aproximadamente 14 mil quilômetros) e duração estimada de um mês, passando pelo Atlântico Sul antes de cruzar para o Índico.
É a etapa mais longa da Globe40, com coeficiente 3 (pontuação tripla) e múltiplos desafios meteorológicos e geográficos. Não é errado comparar esta perna a uma “ultramaratona oceânica”.
“Essa segunda etapa é uma das mais desafiadoras da Globe40, com uma transição complexa do Atlântico para o Índico e diferentes regimes de vento. Vamos precisar de muita concentração, leitura de rota e resistência física e mental ao longo das próximas semanas”, disse José Guilherme Caldas.
“A largada sempre é importante na medida em que tem um efeito psicológico sobre os adversários”.
O Barco Brasil, comandado por José Guilherme Caldas e Luiz Bolina, chega a esta etapa na liderança da categoria Sharp, após vencer a primeira perna entre Cádiz (Espanha) e Mindelo (Cabo Verde). A dupla terminou também na quarta colocação geral entre os barcos da Class40.
Os três primeiros colocados do geral utilizam o modelo Scow, com proa mais larga, enquanto o Barco Brasil compete com o modelo Sharp, de proa mais estreita.
Antes de partir, os velejadores fizeram uma foto oficial na frente da égide da Cesária Évora, mais famosa cantora e compositora cabo-verdiana.
Segundo o meteorologista Christian Dumard, os barcos terão início com ventos leves de leste e a travessia da zona de convergência intertropical (Doldrums), com tempestades e calmarias.
''Após o Equador, as condições são mais favoráveis, velejo de través e popa até o anticiclone de Santa Helena;Ao se aproximarem dos 40 Rugidores (Roaring Forties), os velejadores enfrentarão ventos intensos e mares agitados característicos dessas latitudes. O trecho final inclui o Cabo da Boa Esperança, o anticiclone das Mascarenhas e calmarias causadas pelo relevo da Ilha Reunião''.
A Globe40 reúne oito veleiros de diferentes países. Além do Barco Brasil, participam as equipes Crédit Mutuel (França), Belgium Ocean Racing – Curium (Bélgica/Alemanha), Next Generation Boating Around the World (Alemanha), Free Dom (França), Wilson Around The World (Áustria/Reino Unido), Jangada Racing (Reino Unido) e Whiskey Jack (Canadá/Alemanha).
Sobre a regata
A Globe40 é disputada nos veleiros Class40, modelo consagrado nas provas oceânicas e que, ao lado dos Imoca 60 do Vendée Globe, figura entre as principais classes de barcos de alta performance.
A regata é realizada em duplas, com a possibilidade de troca de um dos tripulantes a cada etapa, reforçando seu caráter internacional e de resistência. O público pode acompanhar em tempo real a navegação pelo tracker oficial.
A Globe 40 seguirá também por Ilhas Reunião, Sydney (Austrália), Valparaíso (Chile) e Cabo Horn, antes da subida pelo litoral brasileiro até Recife (PE) e chegada final em Lorient (França).
Contato:
Flávio Perez
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Veleiro é comandado por comandado por José Guilherme Caldas e Luiz Bolina.
Regata de Volta ao Mundo conta com o barco tripulado por José Guilherme Caldas e Luiz Bolina.
José Guilherme Caldas e Luiz Bolina completaram o percurso de Lorient (França) até Cádiz (Espanha) em pouco mais de 4 dias
Condições severas no Golfo da Biscaia adiam para quinta-feira (4/9) a largada do prólogo da Globe40, que terá o Barco Brasil na disputa.