A Seleção Brasileira de Vela precisa vencer ou chegar na frente do Tahiti para avançar às quartas-de-final da SSL Gold Cup, a Copa do Mundo da modalidade. A regata decisiva com pontuação dobrada ocorre nesta sexta-feira (24) em Gran Canárias, na Espanha. Os brasileiros encaram novamente Lituânia, já classificada, Tahiti e Polônia. Apenas uma vaga segue em disputa na chave dos Brazilian Storm.
Os resultados desta quinta-feira (23) não foram favoráveis aos comandados de Robert Scheidt. O barco cruzou a linha de chegada em quarto lugar, muito próximo do terceiro. O Tahiti fechou a prova em segundo lugar e a Polônia em terceiro. A regata foi marcada por ventos de média intensidade - 10 a 13 nós - e muitas ondas na ilha espanhola no Atlântico Norte.
A tabela coloca a Lituânia com 12 pontos, equipe que venceu todas as regatas da chave, Brasil e Tahiti com 7, mas os representantes da ilha da Polinésia Francesa perdem dos brasileiros no desempate, e Polônia com 3.
A matemática para o Brasil é simples: vencer a regata final que tem pontuação dobrada ou chegar em segundo atrás de Lituânia ou Polônia. Em todas as combinações é mandatório ganhar do barco de Tahiti. Os brasileiros ainda têm chances de sair em primeiro do grupo caso vençam e a Lituânia termine em quarto lugar.
A regata final será realizada às 7h30 desta sexta-feira (24) com transmissão oficial da SSL Gold Cup por meio do link https://www.youtube.com/@Starsailors/videos.
''Terminamos o terceiro dia em quarto lugar, mesmo assim estamos com chances de classificação no geral. Amanhã temos a última regata e está tudo em aberto. Vamos trabalhar para fazer melhor e refletir para ajustar os pontos em que erramos'', disse Alfredo Rovere, proeiro da equipe brasileira.
Basicamente, a última regata da SSL Gold Cup é como uma medal race de Olimpíada, com pontuação dobrada e sem descarte. Qualquer erro pode custar uma classificação neste caso. Por isso, a estratégia será apostar no talento e experiência do time.
A tática Martine Grael, por exemplo, venceu as duas Olimpíadas de 49erFX ao lado de Kahena Kunze na chamada medal race, a regata da medalha. Robert Scheidt também está habituado com a pressão de decidir na regata que vale mais depois de sete Jogos no currículo.
''A bordo do SSL Team Brasil temos velejadores com talento, que somam sete medalhas olímpicas e inúmeros títulos pan-americanos e mundiais de classes extremamente competitivas como Star, Laser, 49er, 49er FX, Snipe, além de resultados expressivos em regatas como Volta ao Mundo, TP52, Copa del Rey e Semana de Vela de Ilhabela'', explicou Fábio Bodra, diretor técnico da equipe brasileira.
O time brasileiro foi novamente escalado com Alfredo Rovere, Juninho de Jesus, Henrique Wisni, Henry Boening, Gabriel Borges, Mario Tinoco, André Fonseca, Martine Grael e Robert Scheidt. Os suplentes foram Gabriel Kieling e Pedro Trouche.
Nos outros grupos envolvendo sul-americanos, a Argentina lidera com 10 pontos, seguida dos EUA e Hungria com 7, e Malásia com 6.
Os chilenos venceram pela primeira vez nas oitavas e estão em terceiro com 8 pontos. Suíça e África do Sul lideram com 9. A Noruega é a última com 4 pontos.
Na chave de Portugal, os Heróis do Mar seguem líderes com 11 pontos, seguidos por Eslovênia com 8, Suécia com 6 e França com 4.
Tabela
1º - Lituânia - 12 pontos
2º - Brasil - 7 pontos
3º - Tahiti - 7 pontos
4º - Polônia - 3 pontos
Numeração
1 Alfredo Rovere
2 Juninho de Jesus
3 Henrique Gomes
4 Henry Boening
5 Gabriel Borges
6 Mario Tinoco
7 André Fonseca
8 Gabriel Kieling
9 Martine Grael
11 Pedro Trouche
10 Robert Scheidt
Com semelhança das principais Copas do Mundo em outros esportes, a SSL Gold Cup será um evento de igualdade de oportunidades com barcos SSL47. O barco brasileiro ganhou em 2022 o patrocínio da Sertrading, uma das maiores empresas de comércio exterior do país, e da Subsea 7 S.A., que apoiarão o time. Além da marca de mochilas e equipamentos para atividades outdoor Allcatrazes.
A união entre Sertrading e Subsea 7 S.A com a Seleção Brasileira de Vela foi idealizada por Bruno Prada, companheiro de Robert Scheidt nas medalhas de Pequim 2008 e Londres 2012, e CEO do barco brasileiro.
Sobre a SSL Gold Cup
A SSL Gold Cup reúne desde seu início 56 nações entre os membros da World Sailing para coroar a melhor nação da vela a cada dois anos. Em um esporte mecânico em que a corrida pela tecnologia pode atrapalhar a corrida pela glória, a SSL busca uma competição igualitária, em que o talento dos velejadores está na vanguarda, e os campeões se tornam heróis inspiradores de novas gerações. A SSL é um evento especial da World Sailing desde 2017.
Como na Copa do Mundo de futebol, as primeiras rodadas de qualificação selecionam os times que avançam para as fases eliminatórias. Todas as regatas são disputadas com flotilhas de quatro barcos em cada, até as quartas de final. As equipes serão colocadas em chaves, com os oito primeiros colocados garantidos nas quartas-de-final.
Duas flotilhas de quatro competem nas quartas-de-final para selecionar as quatro equipes que participam da única regata da Grande Final. O vencedor da Grande Final será coroado como a Melhor Nação da Vela. A SSL criou um formato inovador. E os fogos de artifício ao final do evento prometem dar um desfecho dramático para esta incrível competição global.
Mais informações em https://goldcup.starsailors.com/
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