A vela nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023 teve mais disputas nesta terça-feira (31) em Valparaíso, no Chile. A competição, que conta com 17 atletas brasileiros e vale vaga em Paris 2024, continua com a característica padrão para o local: ventos de média para forte intensidade, mar pesado e frio.
A Equipe Brasileira de Vela segue com chances reais de medalha em pelo menos sete categorias do programa do Pan. Destaque do dia mais uma vez para o atual campeão pan-americano de Fórmula Kite, Bruno Lobo.
O maranhense abriu vantagem confortável na liderança do campeonato após 12 regatas, vencendo 11 e na outra teve um DNF - não completando a disputa. São apenas 9 pontos perdidos contra Tiger Tyson das Antilhas Holandesas.
O atleta conta com um dos melhores índices técnicos da competição com esses resultados obtidos até agora. Bruno Lobo já está praticamente confirmado na final do Pan, que será realizada no dia 3 de novembro.
''Foi um dia com boas decisões e tomei boas decisões com muito foco. Feliz com mais um dia de regata e com todo mundo que está me apoiando como CBVela e COB. Vamos fazer acontecer se Deus quiser'', comemorou Bruno Lobo.
No feminino, Maria do Socorro Reis segue em quarto lugar, um pouco mais afastada das primeiras colocadas do Kite. Foram 12 regatas até agora também.
Líder geral na 49erFX, as atletas Martine Grael e Kahena Kunze ganharam folga e voltam na quarta-feira. A dupla lidera a disputa que tem apenas cinco barcos. A vantagem de dois pontos para a segunda colocada é uma distância considerável.
A medal race será também no dia 3 de novembro no Chile. Na versão masculina, Marco Grael e Gabriel Simões estão em quinto com 21 pontos em seis regatas. A dupla líder é a norte-americana Ian Barrows e Hans Henken.
Na Nacra 17, os finalistas olímpicos Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino Sá estão em terceiro no geral após seis regatas ao todo. A dupla tirou dois terceiros lugares e teve até uma queda em uma delas da atleta Gabi.
''Não foi um bom dia, não encontramos o melhor ajuste do barco. Corrigimos as regulagens e amanhã tem mais três provas, e nossa ideia é voltar para a disputa pela prata'', disse Samuel Albrecht. ''É uma velejada bastante difícil, o barco fica muito rápido nessas condições''.
Na Snipe, a dupla Juliana Duque e Rafa Martins está em quarto e com chances reais de pódio. Em Lima 2019, os dois foram bronze. ''Vamos deixar tudo aqui e tentar sempre melhorar. Somos rápidos, mas cometemos uns erros macros'', contou o baiano Rafael Martins.
Na Lightning, Thomas Sumner, Ana Barbachan e Larissa Juk seguem na sétima colocação após seis disputas na raia de Valparaíso. Nas pranchas da IQFoil, Mateus Isaac está em terceiro lugar e Bruna Martinelli em quarto.
Bruno Fontes na ILCA 7 é o quarto colocado e muito próximo do segundo e do terceiro. No ILCA 6, Gabriella Kidd é a sexta no geral.
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A vela do Brasil defende a liderança histórica do quadro geral de medalhas da olimpíada das Américas. Ao longo destes 72 anos, foram 85 medalhas, sendo 39 ouros, 27 pratas e 19 bronzes.
Nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, o país levou cinco medalhas de ouro, duas de prata e duas de bronze para a equipe brasileira de vela.
Equipe Brasileira de Vela
49erFX: Martine Grael e Kahena Kunze
49er: Marco Grael e Gabriel Simões
Snipe: Juliana Duque e Rafa Martins
Nacra 17: Samuel Albrecht e Gabriela Sá
Lightning: Thomas Sumner, Ana Barbachan e Larissa Juk
ILCA 7: Bruno Fontes
ILCA 6: Gabriella Kidd
Fórmula Kite: Bruno Lobo e Maria do Socorro Reis
IQFoil: Mateus Isaac e Bruna Martinelli
Comissão técnica
Head Coach – Torben Grael
Chefe de Equipe – Claudio Biekarck
Rules Advisor – Ricardo Blu Lobato
Líder Equipe Multidisciplinar – Tânia Sampaio
Técnicos: Bruno Prada, Martha Rocha e Ricardo Paranhos
Apoio à vela Jovem
A vela brasileira tem como destaque o Núcleo de Base do programa da Confederação Brasileira de Vela - CBVela junto ao Ministério do Esporte pelo Convênio 920223/2022.
O projeto ajuda no fomento à modalidade desde o ano passado. Sede da Rio 2016 e de outros grandes eventos da vela, a Marina da Glória, na capital fluminense, recebe adolescentes entre 13 e 17 anos para treinos visando eventos nacionais e internacionais da Vela Jovem. Outros campings de treinamento foram realizados no Clube Naval Charitas, em Niterói (RJ).
O trabalho leva jovens atletas a se aperfeiçoarem na modalidade, com o propósito de levá-los ao alto-rendimento, incluindo participações em classes olímpicas e pan-americanas.
Sobre a CBVela
A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), além de ter o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) como parceiro no fomento à Vela nacional.
A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.
A CBVela foi a primeira confederação esportiva brasileira a integrar a Rede Brasil do Pacto Global da ONU e a incorporar a agenda global da sustentabilidade - a Agenda 2030, com seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) - ao seu planejamento estratégico.
Entre em contato com a equipe On Board Sports:
Flávio Perez e Caio Souza
flavio.perez@cbvela.org.br
+55 11 99949-8035
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