O Campeonato Brasileiro de Vela, que terminou na última sexta-feira (16), contou com um formato inovador. Agora, a competição que foi realizada na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, serve de inspiração para a World Sailing, que quer implantar o modelo de disputa a partir dos Jogos Olímpicos Los Angeles, em 2028.
O torneio foi organizado pela Confederação Brasileira de Vela, a CBVela. A entidade reuniu oito campeões nacionais em suas respectivas categorias e cedeu embarcações iguais, sempre um J24. Cada vencedor montou uma equipe, com três a cinco membros, e os times se revezaram entre os barcos.
''Queríamos um campeonato com modelo mais divertido e mais fácil de entender, com um campeão só, onde se pode misturar pessoas de diferentes idades, biotipos e gêneros. É um formato fácil e divertido para o público entender. Agora, fica claro para a imprensa e para o público quem é o grande campeão brasileiro de vela em 2022. Queremos deixar a vela mais popular. E a World Sailing também está estudando o nosso formato", revela Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.
Dos oito velejadores campeões participantes, quatro foram para a final. O título ficou com a equipe comandada por Caio Bailly, campeão da classe J24. O atleta de 21 anos foi seguido pelos times comandados por Luisa Gandolpho e Juliana Duque, das classes 470 e Snipe, respectivamente.
A primeira edição foi considerada um sucesso, não só pela visibilidade à World Sailing, mas também pela adesão dos atletas. Agora, a CBVela já sonha em uma expansão para 2023, ano em que o torneio deve ser realizado em novembro.
"O campeonato foi excelente, com quatro homens e quatro mulheres (liderando). O formato foi inovador, com eliminatórias e final, como se fosse handebol e futebol. Outro ponto importante é que tivemos árbitros dentro da água, o que tira o protesto do velejador quando chega na terra. No ano que vem, a gente espera ter até mais participantes, de 15 a 20 (com mais campeões de cada classe).", conta Walter Boddener, gerente de eventos da CBVela.
Já Ricardo Paranhos, que é técnico da modalide e participou do júri da competição, exalta o equilíbrio do torneio, que terminou com dois barcos chefiados por mulheres e outros dois por homens, entre os quatro primeiros.
"É um projeto piloto e a gente está vendo o que podemos fazer para melhorar em 2023. Tivemos problemas com alguns barcos, mas o grande princípio é que todos corram em condições de igualdade. Os competidores entenderam bem essa ideia. A gente sabe avaliar o que é erro do competidor e uma avaria da natureza", conta.
Resultado final
1º - Caio Bailly - J24
2º - Luisa Gandolpho - 470
3º - Juliana Duque - Snipe
4º - Renato Cunha - J70
5º - Karla Luz - Dingue
6º - Eduardo Mendes - Ranger 22
7º - Rafaela Salles - 49erFX
8º - Pedro Rocha - GVEN
A organização do Campeonato Brasileiro de Velaé uma parceria entre a Confederação Brasileira de Vela (CBVela), Federação de Vela do Estado do Rio de Janeiro e Marina da Glória.
Sobre a CBVela
A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.
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