A Star Sailors League (SSL) divulgou nesta segunda-feira (10) o chaveamento da fase final da SSL Gold, a Copa do Mundo de nações de vela. E o Brasil já está na fase de oitavas-de-final no evento, que será disputado em 2022, na Suíça. O país ocupa a 13ª colocação em uma lista que leva em conta o desempenho de seus velejadores em todas as classes possíveis, e com isso assegurou o direito de disputar a elite do campeonato. A ideia da Star Sailors League é eleger o campeão do mundo em cenário semelhante ao da Copa do Mundo de Futebol.
As 24 melhores equipes do Ranking SSL Nations fechado nesta segunda-feira avançaram diretamente para a Final Series, que será disputada entre outubro e novembro de 2022. As demais equipes classificadas de 25º a 56º terão que passar pelo Qualifying.
A Grã-Bretanha lidera a lista, seguida pela Espanha, em segundo, e pela Austrália, em terceiro. O Brasil, embora seja considerado um dos fortes concorrentes na briga pelo título, conta com um número mais restrito de velejadores nas disputas distribuem pontos pelo mundo. Por isso, Scheidt celebrou a chance de assegurar a classificação para a fase decisiva.
''É uma notícia muito boa para nossa equipe. É bom já termos conseguido entrar na fase final. Acredito que ainda teremos um período para treinar na Suíça durante o Verão, o que será importante para nossa tripulação se entrosar mais ainda, velejar junta o máximo possível. Estou bastante animado com esse projeto. No ano passado, fizemos um belo treinamento lá, com os atletas se entrosando, e vamos treinar ainda mais. Ter a chance de velejar as oitavas e quartas também será uma ótima oportunidade para seguirmos evoluindo como time'', disse Robert Scheidt.
A SSL Gold Cup reunirá ao todo 56 nações entre os membros da World Sailing, para coroar, a cada dois anos, a melhor nação da vela. Como na Copa do Mundo de futebol, as primeiras rodadas de qualificação selecionam os times que avançam para as fases eliminatórias. Todas as regatas terão flotilhas de quatro barcos até as quartas de final. As equipes serão colocadas em chaves, com os oito primeiros colocados garantidos nas quartas-de-final.
Duas flotilhas de quatro barcos competem nas quartas-de-final para selecionar as quatro equipes que participam da única regata da Grande Final. O vencedor desta será coroado o campeão do mundo.
''Contam os cinco primeiros do ranking mundial de timoneiros e os dois primeiros proeiros. Com Martine Grael, Robert Scheidt, Henrique Haddad e Jorge Zarif, além da Kahena Kunze, conseguimos chegar nessa 13ª posição. Dos 56 países, já estamos entre os 24'', explicou o chefe da equipe, Bruno Prada.
''A meta era ficar entre os 16. Nem acho bom sair entre os oito primeiros, pois é legal vir de um aquecimento com regatas - disse Prada. O Brasil ainda deve fazer treinos antes do campeonato que vai decidir os classificados entre o nono e o 24º lugar. Os oito primeiros entram diretamente na disputa pela medalha. - Importante conseguirmos patrocínios para unir essa galera. O Brasil foi muito bem no evento-teste do ano passado, quando ficamos em segundo, perdendo a final para a Croácia. Mostrou que o time tem grande potencial''.
No ano passado, a seleção brasileira de vela ficou com o vice-campeonato do evento-teste da SSL Gold Cup, disputado no Lago Neuchâtel, na Suíça. Na grande final contra Suíça, Hungria e Croácia, o barco brasileiro manteve bom desempenho e velocidade das provas anteriores, mas foi superado no final pelos croatas, que levaram o título. O terceiro lugar ficou com os húngaros.
O SSL Team Brazil venceu sete das oito regatas disputadas na competição, que serviu como ensaio para a SSL Gold Cup, evento marcado para 2022, também na Suíça. As provas serão no mesmo estilo da Copa do Mundo de Futebol com 56 equipes.
Na ocasião, o veleiro contou com mais oito nomes de peso da modalidade, além de Robert Scheidt, como Martine Grael, Kahena Kunze, Henrique Haddad (coach), Gabriel Borges, Henry Boening, Juninho de Jesus, Joca Signorini, Alfredo Rovere e André Fonseca.
Resultados oficiais
SSL Team Brazil no evento-teste
1 – Alfredo Rovere – proa
2 – Martine Grael – estratégia & grinder
3 – Henry Boening ‘Maguila’ – Grinder
4 – Kahena Kunze – segundo trimmer e grinder
6 – Juninho de Jesus – pit & runners
7 – Gabriel Borges – trimmer & jib/gennaker
8 – André Fonseca Bochecha: trimmer & grande/trav
9 – Joca Signorini – tática e grinder
10 – Robert Scheidt – timoneiro
20 – Henrique Haddad (Giga) – tripulante, coach e observador.
Gerente: Bruno Prada
Confira o ranking completo em https://www.starsailors.com/ranking.
A SSL Gold Cup será o campeonato ‘final’ do circuito com 56 nações entre os membros da World Sailing, para coroar a melhor nação da vela a cada dois anos. Em um esporte mecânico onde a corrida pela tecnologia às vezes atrapalha a corrida pela glória, a SSL visa a competição igualitária, em que o talento dos velejadores está na vanguarda e os campeões se tornam heróis que inspiram novas gerações. A SSL é um Evento Especial da World Sailing desde 2017.
Como na Copa do Mundo de futebol, as primeiras rodadas de qualificação selecionam os times que avançam para as fases eliminatórias. Todas as regatas são com flotilhas de quatro barcos em cada até as quartas de final. As equipes serão colocadas em chaves, com os oito primeiros colocados garantidos nas quartas-de-final.
Duas flotilhas de quatro competem nas quartas-de-final para selecionar as quatro equipes que participam da única regata da Grande Final. O vencedor da da Grande Final é coroado como a Melhor Nação da Vela. A SSL inventou este formato inovador e os fogos de artifício no final proporcionarão uma conclusão dramática para esta competição global.
Mais informações em https://goldcup.starsailors.com/
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Fotos: Gilles Morele e Martina Orsine | SSL Gold Cup
Primeira edição da SSL Gold Cup foi realizada em Las Palmas, na Espanha
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Equipe de Robert Scheidt e Martine Grael liderou grupo e segue na disputa pelo título da SSL Gold Cup