A entrada das mulheres na vela é cada vez mais constante no Brasil e no mundo. Com igualdade de gênero garantida para as classes olímpicas de Paris 2024, mais programas de introdução à modalidade e resultados como o bicampeonato olímpico de Martine Grael e Kahena Kunze, as meninas têm um caminho aberto para se envolver com o esporte.
Um outro exemplo é da baiana Marione Macário, homologada como Gerente Nacional de Regata da CBVela, a Confederação Brasileira de Vela, nesta semana. Com 36 anos, a especialista na modalidade começou a prática nos anos 90 com a ajuda do pai. Mas foi na lancha da CR, a Comissão de Regata, que ela se destacou no Yacht Club da Bahia.
Em 2009, Marione Marcário foi para a Semana Internacional de Vela de Ilhabela e de lá pra cá fez a maioria das regatas como uma das árbitras. Seus principais eventos foram os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro 2016.
''Gostaria muito de ver mais mulheres atuando na vela! Algumas pessoas, mulheres e homens, me falam que eu sou inspiração para eles, mas não consigo me ver assim, pois eu apenas faço o que amo e amo o que faço! Agora como Gerente Nacional, pretendo continuar me qualificando, evoluindo profissionalmente, fazer grandes Campeonatos, continuar fazendo CR e um dia chegar a Gerente Internacional'', disse Marione Marcário.
O próximo desafio da gerente baiana será o Mundial Feminino de Snipe, em São Paulo (SP), de 5 a 9 de outubro. O evento já conta com 30 duplas confirmadas e será realizado no País pela primeira vez.
''Estou muito ansiosa em participar do Mundial Feminino de Snipe, na Represa de Guarapiranga! Acredito que vai ser um Campeonato que entrará para a história da Vela Feminina no Brasil, com muitas boas velejadoras de cinco países. Fui convidada pela Paola Prada, que faz um excelente trabalho à frente da classe Snipe do Brasil. Será meu primeiro trabalho como Gerente de Regata Nacional, um excelente começo com grandes desafios! Tenho certeza de que será muito importante para a minha carreira", disse Marione Marcário, que divide o tempo nas regatas com o ensino da vela ao filho Magno, de 11 anos, na classe Optimist.
Festival de Vela Feminina
O Comitê de Desenvolvimento de Vela Feminina convida a todas as velejadoras do País para participar da primeira edição do Festival de Vela Feminina. As atletas e amantes da modalidade terão autonomia para organizar o tipo de evento que quiserem nesse período, que também culmina com o Mundial de Snipe 2021.
O perfil oficial da CBVela pede às meninas que compartilhem pelo email: velafeminina@cbvela.org.br suas experiências no festival em forma de fotos, vídeos e relatos dos encontros promovidos.
Também foi solicitada a divulgação em suas redes sociais marcando o @CBVelaOficial.
Coordenadora de Esportes Femininos
Medalhista olímpica na vela em Pequim 2008, a carioca Isabel Swan assumiu em junho deste ano o cargo de Coordenadora de Esportes Femininos do Comitê Olímpico Brasileiro, o COB. A velejadora, também integrante da Comissão de Atletas da CBVela - Confederação Brasileira de Vela, tem a missão de desenvolver ações para apoiar as mulheres no esporte nacional.
O objetivo do trabalho de Isabel Swan é dar suporte e permitir que mulheres consigam se firmar como atletas de alto rendimento no País. Os números de atletas em grandes competições é cada vez maior. Só em Tóquio 2020, a proporção entre homens e mulheres é quase igual, com 49% de meninas competindo.
A ideia do trabalho de Isabel Swan na coordenadoria de Esportes Femininos do COB é proporcionar condições para que as mulheres cresçam e sigam a carreira com visão de médio a longo prazo.
''Hoje realmente as mulheres estão bem equiparadas com os homens, principalmente no alto rendimento, mas ainda assim a gente ainda enfrenta uma evasão muito grande das mulheres no esporte, poucas continuam no alto rendimento'', declarou a medalhista olímpica.
Com participação em regatas há mais de 15 anos e com participações nos principais eventos promovidos pela World Sailing no planeta, a atleta quer usar sua experiência na vela para alcançar os objetivos.
Isabel foi a primeira representante feminina da vela brasileira, ao lado de Fernanda Oliveira, a conquistar uma medalha olímpica. A dupla ganhou nos Jogos de Pequim 2008 o bronze na classe 470. Isabel Swan acredita que sua conquista foi importante para que outras atletas surgissem no esporte.
SOBRE A CBVELA
A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico do Brasil (COB). Tem o Bradesco como patrocinador oficial, e o Grupo Energisa como parceiro oficial e patrocinador oficial da Vela Jovem.
A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: sete. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 18 medalhas em Jogos Olímpicos.
Flavio Perez
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Título ficou com Manuel Bragança (ICRJ - RJ). No feminino, Uma Creixell (VDS - RS) foi a melhor.
Matheus Veiga, de apenas 13 anos, conquistou o título nacional da 19ª Copa Estreantes da classe Optimist
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