Capa

Tóquio 2020: Retorno de Robert Scheidt e definição na RS:X serão os destaque da vela brasileira

28.07.2021  |    2.428 visualizações CBVELA CBVela Olímpicos

Regatas desta quinta-feira (29) podem colocar bicampeão olímpico bem próximo da Medal Race. Resultados de Patrícia Freitas serão decisivos para vaga entre as 10

As classes Laser e RS:X estão próximas de definir os 10 classificados para a medal race, regata com os melhores na fase de classificação em Tóquio 2020. Nesta quinta-feira (29), sexto dia de competições na Enoshima Yacht Harbour, o bicampeão olímpico Robert Scheidt volta a competir na Laser buscando aumentar mais suas chances de pódio olímpico. O atleta paulista está em terceiro lugar na classificação geral. Robert ficou de day off na quarta-feira (28).

A fase de classificação da RS:X, também conhecida como prancha a vela, terminará também na quinta. A categoria tem a brasileira Patrícia Freitas próxima de entrar nesse seleto grupo na 10ª colocação com 80 pontos perdidos. Estão programadas mais três provas e a mais próxima de tirar a brasileira da medal race é a finlandesa Tuuli Petaejae-Siren, que tem 89 pontos perdidos. 

Patrícia Freitas tem apenas 31 anos é e está em sua quarta olimpíada. Em Pequim 2008, sua estreia nos Jogos, a brasileira ficou em 18º lugar. Já em Londres 2012 foi a 13ª e na Rio 2016 fez parte da medal race, terminando em oitavo lugar.

''A condição pode nos favorecer um pouco. Vamos nos esforçar para minimizar os erros e subir na súmula. Temos previstas mais três regatas amanhã'', contou Guilherme Hamelmann, técnico da tricampeã pan-americana.

Robert Scheidt mantém sua trajetória regular em olimpíadas, disciplina que rendeu cinco pódios olímpicos e um quatro lugar por detalhes na Rio 2016. Em terceiro, o atleta pretende seguir velejando bem, mantendo a concentração e o foco.

''A competição está equilibrada e a prova disso é a alternância de desempenho e resultados entre os principais velejadores. Tivemos dias pesados, especialmente a terça-feira, quando ficamos quase sete horas na água'', disse Robert Scheidt.

Resultados oficiais -- https://tokyo2020.sailing.org/results-centre/

As regatas começam às 00h05 e estão com transmissão ao vivo e flashs na programação de Sportv, Globo e BandSports. 

Todos brasileiros já estrearam

O quinto dia de regatas de Tóquio 2020 foi um dos mais movimentados da competição com oito classes disputando as provas olímpicas e a Equipe Brasileira de Vela praticamente completa, com a exceção já citada acima de Robert Scheidt que folgou com os Lasers.

Os 470 foram para as águas japonesas nesta madrugada. A categoria faz parte da história brasileira tanto no masculino quanto no feminino. Em Moscou 1980, Marcos Soares e Eduardo Penido conseguiram o primeiro ouro do Brasil em olimpíadas. O 470 feminino também abriu o caminho da vela feminina no pódio com o bronze de Fernanda Oliveira e Isabel Swan em Pequim 2008.

Na estreia de Tóquio 2020, Henrique Haddad e Bruno Betlhem se mantiveram na parte da frente nas duas regatas, principalmente na segunda prova terminando em terceiro lugar. Os cariocas estão em 10º no geral ainda sem a entrada do descarte do pior resultado, que pode mudar a situação deles pra melhor.

Na 470 feminina, as brasileiras Fernanda Oliveira e Ana Barbachan conseguiram um 16º e um 6º lugar e estão em 11º na classificação. As duas competem juntas desde Londres 2012 e nas duas olimpíadas que correram estiveram na medal race.

Vale ressaltar que a partir de Paris 2024, o 470 terá duplas mistas pela primeira vez. A Finn também deixará o calendário olímpico. E por falar em Finn, Jorge Zarif conseguiu um 15º e um 9º lugar nas regatas e está em 13ª posição no geral.

A quarta-feira (28) marcou também a estreia dos Nacras, com Samuel Albrecht e Gabriela Sá. Os brasileiros ficaram em 10º, 14º e 9º lugar nas três primeiras regatas da categoria e estão em 11º lugar no geral.

As campeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze estão em quinto lugar na classe 49er FX com pequena oscilação na classificação após as regatas da véspera. As brasileiras tiraram 10º, sétimo e sexto lugar, respectivamente .

Já na 49er masculina, Marco Grael e Gabriel Borges disputaram três provas, ficando em 16º, 12º e 9º lugar. Na classificação geral, os brasileiros estão em 12º, com 29 pontos perdidos.

Equipe Brasileira de Vela e seus clubes
 
470 Masculino: Henrique Haddad | Bruno Betlhem ICRJ / RJ

470 feminino: Fernanda Oliveira | Ana Barbachan | CDJ / RS

RS: X feminino: Patrícia Freitas | ICRJ / RJ

Finn: Jorge Zariff | ICRJ/ RJ

Nacra 17 Misto: Samuel Albrecht | Gabriela Nicolino | VDS - ICRJ / RS - RJ

Laser Standard: Robert Scheidt | YCSA / SP

49er FX: Martine Grael | Kahena Kunze | RYC - ICRJ / RJ

49er: Marco Grael | Gabriel Borges | RYC - ICRJ / RJ
 
Como acompanhar a vela em Tóquio? 

As competições de vela nos Jogos Olímpicos possuem entre 10 e 12 regatas, variando conforme a classe em disputa. Os 10 melhores de cada classe disputam uma regata extra, a medal race, que oferece uma pontuação dobrada aos atletas.

Diferente de grande parte das modalidades olímpicas, a vela possui um sistema de pontuação invertido: o campeão é aquele que acumular menos pontos durante a competição. Quanto melhor colocado na regata, menos pontos um atleta ou uma equipe soma.

O vencedor será o velejador que, ao fim de todas as regatas, tiver acumulado menos pontos. Todos os competidores podem descartar o pior resultado na fase inicial das regatas. O percurso das regatas é definido pela organização, que forma uma linha imaginária com dois barcos para definir o ponto de largada e o de chegada.

Contornando as boias utilizadas para demarcar o percurso, os veleiros saem contra e voltam a favor do vento. As regatas podem ser adiadas e até mesmo canceladas pela falta de vento. Todas as embarcações de uma mesma classe devem ter dimensões idênticas. Dessa forma, o resultado é determinado exclusivamente pelo talento e estratégia dos velejadores.

SOBRE A CBVELA

A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Tem o Bradesco como patrocinador oficial, e o Grupo Energisa como parceiro oficial e patrocinador da Vela Jovem. A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: sete. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 18 medalhas em Jogos Olímpicos.
 
Entre em contato com a equipe On Board Sports:
Flavio Perez
flavio@onboardsports.net | redacao@onboardsports.net
+55 11 99949-8035
🔛 www.onboardsports.net
 

Leia também...
27.03.2024

Vela olímpica brasileira terá 27 atletas em Palma da Mallorca, na Espanha

24.03.2024

Maranhense fica em quarto lugar no Europeu de Kite na Espanha

09.03.2024

Medalhista olímpico conquistou o campeonato internacional em 2020, 2021, 2022, 2023 e 2024

07.03.2024

Tradicional competição de oceano será entre os dias 27 a 30 de março