Mais de 150 atletas participam desde a quarta-feira (6) do Campeonato Brasileiro de Optimist, principal competição de base do País na vela. As regatas para crianças e adolescentes de 6 a 15 são realizadas no Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ), no bairro Urca. As provas ocorrem até 16 de janeiro sempre respeitando os protocolos contra Covid-19.
O Brasileiro de Optimist 2021 começou com a etapa classificatória até segunda-feira (11). A partir de então, os atletas serão divididos em dois grupos nas flotilhas ouro e prata, de acordo com seus resultados nos primeiros dias. Na terça-feira (12) será realizada a competição por equipes entre velejadores do mesmo estado.
A classe Optimist formou os principais nomes da modalidade, como os campeões olímpicos Robert Scheidt e Martine Grael, e serve até hoje como porta de entrada das crianças na vela.
Em 2020, o brasileiro da classe foi realizado no clube Veleiros do Sul, em Porto Alegre (RS) e o campeão da flotilha ouro foi Lucas Freitas (RJ), na ocasião ainda na categoria infantil. Na competição por equipes, o atual campeão é o estado do Rio Grande do Sul.
São praticamente dois eventos em um, o primeiro a Copa Brasil de estreante com velejadores com até um ano na classe. O segundo é o brasileiro com velejadores de 8 a 15 anos.
Para esse segundo grupo, o campeonato é a primeira fase de seleção para a equipe nacional que vai representar o Brasil ao longo de 2021. A expectativa é de 40 a 50 atletas entre os estreantes e em torno de 140 no campeonato brasileiro.
''A classe Optimist tem sido o grande fornecedor de atletas e velejadores que ficam vinculados à nossa modalidade a vida toda, não somente no alto rendimento, mas também desde uma visão mais lúdica e amadora'', disse Juan Sienra, Gerente Técnico da CBVela.
''Muitos destes velejadores e velejadoras podem ser os futuros Torben, Robert, Martine, Fernanda, Kahena ou Isabel do futuro! Mas também pode ser o velejador do final de semana em seu barco de oceano, um kitesurfista, ou um apaixonado pela vela em geral''.
''É nosso objetivo final como CBVela é fidelizar todos estes atletas na modalidade respeitando e dando o espaço para todos e cada um se desenvolverem com confiança, respeito e felicidade''.
Ações da CBVela
O evento trará ainda a novidade de contar com três ações da CBVela (Confederação Brasileira de Vela). A primeira acontecerá durante toda a extensão do campeonato e consiste na 1ª avaliação antropométrica dos velejadores da classe Optimist.
O objetivo é entender os perfis dos atletas e futuros ingressantes do programa da vela jovem buscando potencializar o alto rendimento do esporte.
A iniciativa permitirá a CBVela gerar a primeira estatística de morfologia dos atletas brasileiros não somente para avaliações de saúde e performance a curto prazo, mas também para o desenvolvimento e seguimento do biotipo para as classes no futuro, criando uma estratégia de investimentos a longo prazo em categorias de acorde ao biotipo do atleta brasileiro.
A segunda ação é uma série de três encontros do comitê de desenvolvimento da vela feminina que pretende colocar em pauta as relações e atuações das mulheres na vela. Estão previstos três encontros cada um com plateias distintas: velejadoras, pais e técnicos.
Serão bate-papos que contarão com a presença das velejadoras Elisa Mirow, Ana Barbachan, Isabel Swan, da técnica Martha Rocha e da presidente do Comitê de desenvolvimento da vela feminina, Lígia Becker.
A terceira ação ocorrerá no dia 13 é o “Conhecendo novas velas”. É um evento já tradicional no campeonato que tem como intuito oferecer o que para muitos velejadores de optimist pode ser sua primeira experiência com as classes do Programa de Vela Jovem - 420, 29er, Laser Radial, Bic Techno 293+, Snipe e Nacra 15.
Sobre o Op
A classe Optimist é uma das mais praticadas na vela mundial por ser uma categoria de introdução à modalidade. O barco de 2,34 metros é fácil de tocar e oferece segurança para a garotada de até 15 anos aprender as principais funções de um monotipo. Além de ser um barco de iniciação à vela e de excelente custo benefício, o formato impede velocidades elevadas, garantindo, assim, a segurança do Optimist.
O veleiro suporta até 60 quilos e pode ser conduzido por pequenos de 7 a 15 anos. O nome, traduzido do inglês, quer dizer otimista. Hoje, a organização que cuida da categoria mundialmente estima que mais de 100 mil crianças tenham um modelo.
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Título ficou com Manuel Bragança (ICRJ - RJ). No feminino, Uma Creixell (VDS - RS) foi a melhor.
Evento da vela jovem ocorre de 2 a 9 de fevereiro e servirá como seletiva para o Mundial da Juventude 2025.
Matheus Veiga, de apenas 13 anos, conquistou o título nacional da 19ª Copa Estreantes da classe Optimist
Arthur Back fechou competição em Mar del Plata, Argentina, entre os primeiros