Ricardo Pichetta é o único bicampeão do L'Étape Brasil. Nascido em Teófilo Otoni, em Minhas Gerais (MG), o ciclista mora agora em Albaretto della Torre, cidade pequena no noroeste da Itália. Aos 32 anos, Pichetta foi profissional até os seus 28 anos, e começou a pedalar aos 17.
"O L'Étape Brasil foi a primeira prova amadora que fiz no Brasil, tenho um certo carinho porque foi a primeira que fiz e ganhei, fui com amigos do Rio de Janeiro e Rodrigo Hilbert que me chamaram para ir. A prova é super bem organizada, tem um apelo europeu, acho que o L'Étape Brasil deu um importante passo como evento de ciclismo no Brasil".
Sobre as edições que venceu, em 2016 e 2017, Ricardo Pichetta completa: "Amei a vibe no evento, o percurso de Cunha foi muito técnico, difícil, com subidas, meu percurso preferido foi com a chegada no centro da cidade em subida. Ser o único bicampeão me enche de orgulho, meu deu a possibilidade de ser conhecido do público brasileiro, mostrar minha marca de bikes", concluiu.
Ao contrário do Tour de France, o L'Étape Brasil é aberta às mulheres. E, desde a primeira edição, que teve vitória de Tamara Vilela, o número de mulheres pedalando segue crescendo.
Inscrita em todos os quatro anos do evento, a atleta Carla Prada conseguiu ser a grande campeã em 2016. Ela explicou a evolução da competição de ciclismo nas últimas temporadas.
"O nível técnico aumentou muito na categoria feminina, as mulheres estão pedalando muito bem. O percurso é super desafiador, paisagens maravilhosas, estradas fechadas para prova e com segurança", disse Carla Prada.
Na edição 2017, Marcella Toldi foi a campeã feminina do trajeto de 112 km. "Eu estava em um ano iluminado, sofri muito na prova mas no momento crucial consegui tirar forças de onde nem imaginava e consegui vencer a prova. Mas o que me marcou não foi a vitória mas a experiência inteira, as conexões com minha comunidade e a troca de tantas emoções com tanta gente bacana. Nos outros anos também curti muito, sempre tive experiências muito boas no L'Étape, me sinto parte da família", disse Marcella Toldi.
Campeã do ano passado, a alemã Nadine Gill relembrou a prova. ''Como eu sou muito competitiva queria ganhar sim, mas também não conhecia as outras competidoras. Com somente alguns meses de treino de ciclismo (até abril 2018, era maratonista), meu foco era pedalar no meu ritmo, sem táctico e como adorava as montanhas, a Serra Velha e o Pico no fim do percurso foram perfeitos pra mim".
Aos 28 anos e nascida na cidade de Heidelberg, cidade universitária e pequena no sul da Alemanha, Nadine Gill é vice-campeã alemã de ciclismo de montanha (estrada) e já fez oito provas da modalidade no Brasil, até agora com 100% de aproveitamento, com oito vitórias. A ciclista trabalha desde 2016 no Consulado da Alemanha no Brasil como diplomata.
No ano passado, Nadine Gill fez sua estreia no ciclismo do L'Étape e a vitória não estava em seus plano pelo pouco tempo de estrada! "O L’Étape Brasil foi minha segunda prova do ciclismo no Brasil (depois da prova 9 de julho) e não sabia o que esperar''.
Em grande fase
O brasileiro Otávio Bulgarelli foi o campeão do L'Étape UK by Tour de France, prova realizada em julho, em Londres, na Inglaterra. Vencedor da edição brasileira de 2018, em Campos do Jordão (SP), o ciclista dominou o percurso que teve 160 km e 2.100 m de ascensão.
Focado na disputa do bi, Otávio espera novos desafios para voltar pra casa com o título. "O percurso de 2019 está fantástico, duro, com montanhas boas pra pedalar e o mais importante é a descida pela Serra Nova o que torna a prova muito mais segura. Meu objetivo pra 2019 é conseguir um bom resultado, pois não estou treinando como no ano passado".