O ex-tenista, Karim Alami, dirige agora o maior torneio de tênis do Qatar: o Qatar ExxonMobil Open. O marroquino, que jogou até seus 29 anos, foi número 25 do mundo e fez partidas emocionantes contra o brasileiro Gustavo Kuerten (Guga).
Em Doha, para a edição de 2019 do torneio, o agora diretor relembra como foi jogar com o brasileiro e a relação próxima que tem com o Brasil.
"Minha relação com o Brasil é de coração. Eu amo o pais. Estou com a minha esposa (Natalie Alami) a 27 anos, que é brasileira e tenho filhos brasileiros, além de uma casa e negócios no Brasil, gostaria de ir mais vezes para lá. Joguei muitas vezes nele, mas queria ter mais tempo para conhecer cada pedaço do país", comenta.
Sua primeira partida contra Gustavo Kuerten foi em 1995, em Lima, no Peru. O jogo foi vencido por Karim por 7-5 e 6-3. Depois disso, vieram mais três confrontos entre os dois, todos eles acirrados e com vitoria de Guga.
"Jogar essas quatro vezes com ele foi uma experiência muito boa e todas muito emocionantes. Ele já era campeão de tudo na época, era o número 1 do mundo e campeão de Roland Garros e sempre foram jogos bastante acirrados. Eu gostava, alem de jogar contra ele, muito da pessoa que ele era, sempre sendo um bom exemplo para as crianças. Nós nos respeitávamos muito em quadra, e eu adorava aquelas lutas que tínhamos nos jogos" relembra Alami.
Aos 45 anos, Alami teve uma carreira vitoriosa como júnior (em 1991 foi número 2 em simples e número 1 em duplas) e participou por 12 anos do circuito da ATP. Neles, conquistou dois títulos.
Quanto ao tênis no Brasil, Karim teme um não aproveitamento da "onda Guga" no país: "é importante ter torneios, quando eu comecei a jogar tinha todos os tipos de torneios no Brasil, e isso ajudou a ter jogadores bons como o Guga ou Meligeni. Seria uma pena se o Brasil não aproveitasse "a onda Guga", por ele ter sido o primeiro brasileiro número 1. Sabemos que esse é um esporte que precisa de investimento e a federação tem que ter um papel importante quanto a isso. Criar escolas, ter treinadores de nível importante, criar torneios juvenis. Os clubes também tem um dever importante. Só um torneio não é suficiente, o trabalho de clubes, federações e ministérios tem um papel essencial para que o nível do esporte se mantenha", disse.
Diretor do Qatar ExxonMobil Open, o ex jogador atribui o sucesso do campeonato a uma junção de experiências e boa organização.
"O sucesso se deve a federação e a todos que trabalham nela ( Federação de Tênis do Qatar).Eu tive a sorte de ser jogador, então tive a oportunidade de jogar nos melhores e piores torneios do mundo. Sei do que o jogador precisa. Quando o jogador está bem, ele vai jogar bem, todos os detalhes fazem a diferença. Assim como para o público, a intenção é o evento não ser apenas para assistir tênis, mas sim, um evento que traga novas experiências para pessoas de todas as idades", comenta.
A 27ª edição do torneio, que vai até dia 5 de janeiro, é realizado no Khalifa International Tennis and Squash Complex, e reúne grandes nomes do tênis mundial, inclusive o número 1 do mundo Novak Djokovic, mesmo sendo um ATP 250.
"A gente sempre está querendo subir de categoria, o problema é que não tem categorias maiores disponíveis agora. O 500 não é um objetivo, e o 1000 ninguém quer vender e não tem datas no calendário da ATP, está complicado, estamos esperando que se abra uma porta, é difícil, mas agora com as mudanças no tênis podemos acreditar ainda mais em conseguir", finaliza Karim.
Desde 2015 a Agência On Board Sports cobre com exclusividade para a América do Sul os eventos da Qatar Tennis Federation em parceria de conteúdo.
O Qatar ExxonMobil Open 2019 conta com o patrocínio de ExxonMobil, Masraf Al Rayan, Es’hailSat, Qatar Airways, Ooredoo e Qatar Duty Free.
Direito autoral de imagens cedido pela QTF - Qatar Tennis Federation.
Entre em contato com a equipe On Board Sports:
🏊♀ Katarine Monteiro
📧 katarine@onboardsports.net | redacao@onboardsports.net
📱+55 11 99217-6474
🔛 www.onboardsports.net
Final foi realizada na noite deste sábado (05) em Doha, no Qatar
O espanhol Roberto Bautista Agut e o tcheco Tomas Berdych jogam a final neste sábado (05), em Doha.
Djokovic sofreu sua primeira derrota do ano para o espanhol na semifinal e foi eliminado
Em dia de derrota nas duplas, sérvio número 1 do mundo venceu no tie break em simples