Diversidade das raias é um diferencial da Semana de Vela de Ilhabela

A Semana de Vela de Ilhabela oferece às mais de 100 equipes inscritas várias situações de regata durante os dias de competição. O maior evento de vela da América Latina - marcado para o período de 7 a 15 de julho - se destaca por ter várias opções de raias e condição climática diferente. A primeira prova, por exemplo, a Alcatrazes por Boreste Marinha do Brasil obriga os barcos a velejar em um percurso maior do 55 milhas náuticas: contornar o arquipélago paulista e voltar. As regatas do cronograma são também de barla-sota - correndo contra e a favor do vento - e de percurso médio.

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"A regata é disputada bem ao sul da ilha, longe da área de baixio, que poderia dar uma vantagem aos velejadores locais. E pega o vento frente fria, que sopra do sul e ganha muita pressão quando entra no canal de São Sebastião", explica Edmar Santos, comandante do barco Fantasma, que participará da competição na classe IRC com uma tripulação toda formada por velejadores locais. 

Mais curta, com 45 km, a Regata Ilha de Toque-Toque por Boreste é disputada próxima da costa, pelas classes C-30, HPE 30, Mini, Bico de Proa, Clássicos e BRA-RGS C. "Por estar mais próxima da terra, é uma regata adequada para barcos menores e também rápidos", observa Cuca Sodré. "Já a Regata Renato Frankenthal, realizada inteiramente dentro do canal de São Sebastião, é aberta para classes que não fazem disputa em mar aberto, como a HPE25 e a J70."

Depois das provas de longo percurso, a Semana de Vela segue com as regatas de barla-sota, aquelas em que os barcos contornam duas boias na raia determinada. A raia mais utilizada é a da Ponta das Canas, no lado norte da ilha. Muito procurada também por praticantes windsurfe e kitesurfe, a região é dominada pelo vento leste, moderado, na maior parte do tempo, favorecendo provas mais tranquilas. "As regatas ali são realizadas próximas da terra, e há um espaço para os visitantes acompanharem. Este ano, tentaremos aproximar ainda mais o público e os barcos", conta Edmar Santos. O cenário não desaponta os turistas, com o conhecido Farol da Ponta das Canas dominando a paisagem.

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